Apressado come cru e passa mal
Quando era criança, e isso já faz muito tempo, lembro-me de minha avó, carinhosamente apelidada de Vovó Didi, a beira do fogão, preparando deliciosos quitutes. Eram doces e salgados que só as mãos abençoadas e habilidosas das avós daquela época sabiam fazer. E se tentasse provar alguma daquelas gostosuras ainda por terminar, ela dizia “tira a mão daí menino, porque apressado come cru e passa mal”. Eu achava aquilo engraçado e a inocência da meninice me impedia de ver algo mais além.
Hoje adulto, vivendo numa sociedade onde a velocidade das mudanças é deveras espantosa, penso nas palavras de vovó. A pressa, que antes era uma coisa até certo ponto desagradável e desnecessária, se tornou algo normal, faz parte do cotidiano, e mais notadamente da vida da sociedade urbana. Temos pressa para tudo ou quase tudo: no café da manhã, ao deixar os filhos na escola, no trânsito para ir trabalhar, nas atividades do trabalho, ao almoçar, ao sair do trabalho, no supermercado etc. O ritmo frenético da vida vem modificando hábitos e fazendo de nós um grupo de apressados.
Será que essa pressa toda faz bem? É necessário realmente viver dessa forma? A medicina estuda há algumas décadas uma doença de cunho psicológico, denominada “Síndrome da Pressa”. Assim batizada por Marilda Emmanuel Novaes Lipp, Ph. D. em Psicologia pela Universidade George Washington e diretora fundadora do Centro Psicológico de Controle do Stress da PUC Campinas, essa doença faz com que a vítima não consiga relaxar e fazer as coisas com calma. De acordo com a pesquisadora esse mal atinge cerca de 20% da população da cidade de São Paulo, e outros 75% da população podem desenvolver a doença.
Nesse momento o leitor pode estar se perguntando quando foi a última vez que fez algo de forma relaxada, com calma e tranqüilidade. Será que a qualidade de vida propiciada por toda essa velocidade, é a melhor para os seres humanos? Ao que parece, somos apressados crônicos, não é verdade?
Mas veja bem: sugiro que isso seja respondido sem pressa, de preferência num final de semana bem relaxante, com os pés para o alto, se espreguiçando. Pense nisso, mas com calma, tá bom?
Hoje adulto, vivendo numa sociedade onde a velocidade das mudanças é deveras espantosa, penso nas palavras de vovó. A pressa, que antes era uma coisa até certo ponto desagradável e desnecessária, se tornou algo normal, faz parte do cotidiano, e mais notadamente da vida da sociedade urbana. Temos pressa para tudo ou quase tudo: no café da manhã, ao deixar os filhos na escola, no trânsito para ir trabalhar, nas atividades do trabalho, ao almoçar, ao sair do trabalho, no supermercado etc. O ritmo frenético da vida vem modificando hábitos e fazendo de nós um grupo de apressados.
Será que essa pressa toda faz bem? É necessário realmente viver dessa forma? A medicina estuda há algumas décadas uma doença de cunho psicológico, denominada “Síndrome da Pressa”. Assim batizada por Marilda Emmanuel Novaes Lipp, Ph. D. em Psicologia pela Universidade George Washington e diretora fundadora do Centro Psicológico de Controle do Stress da PUC Campinas, essa doença faz com que a vítima não consiga relaxar e fazer as coisas com calma. De acordo com a pesquisadora esse mal atinge cerca de 20% da população da cidade de São Paulo, e outros 75% da população podem desenvolver a doença.
Nesse momento o leitor pode estar se perguntando quando foi a última vez que fez algo de forma relaxada, com calma e tranqüilidade. Será que a qualidade de vida propiciada por toda essa velocidade, é a melhor para os seres humanos? Ao que parece, somos apressados crônicos, não é verdade?
Mas veja bem: sugiro que isso seja respondido sem pressa, de preferência num final de semana bem relaxante, com os pés para o alto, se espreguiçando. Pense nisso, mas com calma, tá bom?
4 Comentários:
Alfredo,
conheço seu "poder" de argumentação e a riqueza de seu vocabulário de looooonga data. Parece que chegou a hora de suas idéias serem compartilhadas com mais pessoas neste vasto mundo virtual. O tema abordado nesta crônica é atualíssimo e vale a pena alguns momentos de reflexão.
Parabéns pela iniciativa!!!
Por Márcia Manhães, às 26 de abril de 2007 às 17:46
Alfred,
É bom saber que mais um baluarte do saber se apresenta como oráculo do conhecimento para quem busca informações confiáveis e relevantes.
Desejo sucesso nessa sua nova missão, ao tempo que reitero minha elevada estima, consideração e apreço por você.
Cordialmente,
RMotta
Por Unknown, às 27 de abril de 2007 às 14:29
Olá Márcia e Ricardo,
Valeu pela força. Os textos serão postados semanalmente aos domingos, ok? Fiquem ligados.
Abração.
Por Alfredo Manhães, às 27 de abril de 2007 às 18:07
Alfredo, é um privilégio poder compartilhar desse aspecto de sua vida: a de cronista.
Concordo c suas colocações nas três que li.Realmente podemos e DEVEMOS prestar atenção as coisas simples da vida como deleitar-se c um passeio na praça, de preferência ao lado de nossa filha q ontem era uma menina e hj uma grande amiga. Pena q a vida tem pressa. Precisamos VIVER!!!
Parabéns pela qualidade de seus textos :)
Por Lúcia, às 3 de maio de 2007 às 16:58
Postar um comentário
<< Home