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sexta-feira, 11 de maio de 2007

Mãe, guardiã do sopro da vida

Domingo, 13 de maio. Com a proximidade dessa data que mobiliza pessoas em vários países, fiquei me perguntando qual foi a origem da comemoração do Dia das Mães. Bem, andei pesquisando esse assunto e descobri coisas bastante interessantes com meu informante número 1, o Google. Então, lá vamos nós num passeio pela história...

A Grécia antiga teria sido o primeiro palco dessa comemoração, onde a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. A comemoração teria então origem mitológica.

Nos primeiros anos do século XVII a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas, e esse dia era um feriado chamado "Mothering Day", dando origem ao "mothering cake", um tipo de bolo para as mães, e que tornava a data ainda mais festiva.

Atravessamos o Pacífico e chegando aos Estados Unidos, encontramos em 1872 a escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República" como grande incentivadora da criação de uma data para a celebração das mães. No entanto, foi outra mulher americana que se destacou nessa campanha: Anna Jarvis. Em 1905 ela perdeu sua mãe e entrou em depressão. Algumas amigas preocupadas com a saúde de Anna tiveram a idéia de fazer uma festa em homenagem a sua mãe. Ela concordou, mas com a condição da festa ser estendida a todas as mães, vivas ou não. Em 26 de abril de 1910 o governador de Virgínia Ocidental incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado, fato que influenciou outros estados norte-americanos a aderirem à comemoração.

Em 1914 o presidente americano Thomas Woodrow Wilson unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio, como sugestão da própria Anna Jarvis. Rapidamente, mais de 40 países adotaram a data.

Apesar do feriado ter sua origem em um sentimento nobre, Anna Jarvis ficou triste pela forma como os comerciantes viram a data, pois se tornou uma ótima oportunidade de negócios, principalmente com a venda de cravos brancos, o símbolo da maternidade. Ela teria dito em 1923 furiosamente a um repórter "Não criei o dia as mães para ter lucro". Anna entrou com um processo nesse mesmo ano para cancelar o Dia das Mães, mas não obteve sucesso. Ela deixou essa vida em 1948, aos 84 anos. Vale ressaltar que ela nunca foi mãe, mas recebeu cartões comemorativos vindos de várias partes do mundo por anos seguidos.

Aqui na terra brasilis esse dia foi comemorado inicialmente em 12 de maio de 1918, numa iniciativa da Associação Cristã de Moços (a Y.M.C.A. eternizada na disco music pelo grupo Village People, com todo o respeito) de Porto Alegre. Posteriormente, em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. A partir de 1947 a data passou a fazer parte do calendário oficial da Igreja Católica, por determinação do Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros Câmara.

E agora deixemos de lado a história da data e pensemos na homenageada.


Ser mãe não é fácil, e como no dito popular "é padecer no paraíso". Vem a gestação, as transformações no corpo, nas emoções e nos hábitos. Modificam-se as rotinas, aumentam as responsabilidades, os gastos. Mas apesar disso, ser mãe é tarefa das mais sagradas, e não há maior dádiva para uma mulher que sentir em seu ventre, durante 9 meses, o sopro de uma nova vida, que depois ela terá de conduzir até a vida adulta.

Os homens podem festejar a paternidade, e com razão. Mas cabe
a mulher a maior parte do trabalho, desde a concepção até o nascimento. E por mais que a ciência tente explicar, a vida é um milagre inexplicável que só as mães entendem e sabem como é. Feliz dia para vocês, mamães.

Até a próxima!

3 Comentários:

  • Grande Alfredo: Gostei imensamente do tema e do desenvolvimento. Um trabalho c/a sua marca pessoal. Parabéns. A Helena se emocionou. Agora, uma pequena colocação, lamentavalmente salpicada de tristeza: pena q inúmeros filhos não dêem valor à mãe q têm e q tão sublime acontecimento tenha se transformado num evento comercial, como bem já percebera a nossa querida Anna Jarvis. Um abraço.

    Por Blogger ubiratan sousa, às 15 de maio de 2007 às 06:44  

  • Pois é Bira, a vida tem dessas coisas. E apesar da hipocrisia de nossa sociedade nesses períodos, o lado positivo dessas convenções de datas comemorativas é que, para muitos, elas se tornam um estímulo à lembrança de pessoas que deveriam ser lembradas sempre. É um quadro triste, mas real. Abraços a todos aí.

    Por Blogger Alfredo Manhães, às 22 de maio de 2007 às 10:01  

  • Pois é Bira, a vida tem dessas coisas. E apesar da hipocrisia de nossa sociedade nesses períodos, o lado positivo dessas convenções de datas comemorativas é que, para muitos, elas se tornam um estímulo à lembrança de pessoas que deveriam ser lembradas sempre. É um quadro triste, mas real. Abraços a todos aí.

    Por Blogger Alfredo Manhães, às 22 de maio de 2007 às 10:01  

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