O Imperialismo capitalista não perdoa!
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CNN demite editora por frase no Twitter
Qui, 08 Jul, 10h09
WASHINGTON (Reuters) - A CNN demitiu uma editora de noticiário do Oriente Médio por causa de uma mensagem no Twitter em que ela manifestava "respeito" por um ex-dirigente do Hezbollah morto no fim de semana, disseram jornais na quinta-feira.
Octavia Nasr trabalhou durante 20 anos na emissora. No domingo, repercutindo a morte de uma das principais autoridades religiosas xiitas, ela escreveu no microblog: "(Fiquei) triste por saber do falecimento do Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah ... Um dos gigantes do Hezbollah que eu respeito muito."
Segundo relato do jornal The New York Times, alguns simpatizantes de Israel viram a mensagem quase imediatamente e ficaram indignados.
Parisa Khosravi, vice-presidente-sênior da CNN International Newsgathering, afirmou em um memorando interno citado pelo Times que "teve uma conversa" com a editora e "decidimos que ela irá deixar a companhia".
Procurada pela Reuters, a CNN não se manifestou. Ao Times, um porta-voz da emissora disse que "a CNN lamenta qualquer ofensa que a mensagem dela pelo Twitter possa ter causado".
"Ela não atendeu aos padrões editoriais da CNN. Este é um assunto sério que será tratado adequadamente."
Fadlallah apoiou a República Islâmica do Irã e tinha contatos também com políticos xiitas do Iraque. Foi também líder espiritual e mentor do Hezbollah quando da sua formação em 1982, logo depois da invasão israelense no Líbano. Posteriormente, deixou o grupo por discordar da sua aproximação com o Irã.
Os EUA e Israel consideram o Hezbollah como um grupo terrorista.
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Há alguns anos atrás o Prof. Milton Santos afirmava que 95% do mercado de mídia internacional eram controlados por um único grupo. Para confirmar essa afirmação bastava ver o formato e as tendências dos telejornais, jornais e revistas impressas, via web etc, cujo conteúdo é similar em tudo. Até mesmo a roupa e o penteado dos apresentadores segue um padrão.
O escritor José Saramago dizia que a democracia existente é uma falácia e não é discutida como deveria. Em uma de suas frases célebres ele afirma que "o poder do cidadão se limita hoje, na esfera política, a tirar um governo de que ele não gosta e colocar outro que talvez ele venha a gostar".
Esses dois dão o que pensar em seus textos. É uma pena que eles não estejam mais entre nós suscitando esse tipo de discussão para que as novas gerações reflitam e não aceitem tão facilmente o que é imposto por uma minoria sórdida, cujos catequisadores estão entre nossos familiares, professores, políticos e por aí vai.
Aliás, num quadro bem triste e pintado de cinza escuro, vê-se a universidade pública, que deveria ser um berço de reflexão contra esse tipo de visão míope da realidade, contaminada e infectada por indivíduos politiqueiros que ocupam "cargos de confiança" e comungam das mesmas idéias da minoria perversa.
Possivelmente teremos em breve notícias, via CNN, do Irã sendo invadido por Israel (logicamente apoiado pelos EUA) e mostrando que os iranianos comem criancinhas. Bem, isso se o mundo não acabar em 2012 como apregoam os adeptos da moda do calendário maia.
O imperialismo capitalista que está aí não perdoa seus opositores e os extirpa sem dó nem piedade, e o fato que aconteceu com essa jornalista é um exemplo claro do funcionamento do sistema, pois ela mexeu em casa de marimbondo. Esse é o nosso "admirável mundo novo", pegando carona nas idéias de Aldous Huxley, um mundo maravilhoso repleto de tecnologias milagrosas, computadores, HDTV, silicone, mães de aluguel, botox etc, mas que anda em completa falta de ética, moral e decência.
Ética? Moral? Decência? O que significam essas palavras???
Até a próxima.