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sábado, 30 de maio de 2009

Brincar é coisa séria!!!

A atividade de colecionar brinquedos tem sido para mim uma grande aliada na interpretação do comportamento humano e da evolução das civilizações. Pesquisar sobre brinquedos e brincadeiras, além do aprendizado sobre História, mostra que brincar é coisa séria, não sendo simplesmente "coisa de criança" como muitos acreditam. A propósito, se tiver um tempinho visite meu blog com alguns brinquedos antigos da coleção em Meus Brinquedos Antigos.

O ato de brincar, seja com brinquedos (industrializados e artesanais) ou participando de brincadeiras é, segundo diversos estudiosos da Psicologia e Pedagogia, uma das atividades mais importantes no dia-a-dia infantil, e não caracteriza somente um entretenimento. Pensadores da Educação como Piaget, Fröbel, Wallon além de outros pesquisadores, mostram que brincadeiras e jogos são importantes ferramentas no processo de aprendizagem.

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As brincadeiras também podem ser vistas sob outra ótica. O historiador e folclorista brasileiro Câmara Cascudo, autoridade mundial em Folclore, mostra em seus estudos um número considerável de jogos populares, parlendas, adivinhas, acalantos e cantigas de roda que estão agrupados sob a égide de "Folclore Infantil".

A brincadeira estimula o desenvolvimento infantil, pois canaliza emoções e anseios, favorece a cognição e a criatividade, estimula trocas com o meio, auxilia no trabalho cooperativo e de certa forma, prepara o indivíduo para a vida futura. O tema é tão sério que mereceu a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao aprovar em 1959 a Declaração Universal dos Direitos da Criança, a ONU registrou em seu Princípio VII - Direito á educação gratuita e ao lazer infantil, que "A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito."


E falando um pouco em brinquedos, eles podem ser entendidos como artefatos artesanais ou manufaturados desenvolvidos para o lazer, que além de entreter podem auxiliar no desenvolvimento cognitivo, na motricidade etc. Normalmente associa-se os brinquedos às crianças, embora adultos também possam se valer deles como atividade de entretenimento, colecionismo ou até mesmo no ambiente de trabalho, como mostram estudos em Administração de Empresas sobre uso de jogos de simulação no treinamento e seleção de gestores em diversas áreas profissionais.

Os historiadores mostram que a evolução dos brinquedos se confunde com a própria história da humanidade. As primeiras bonecas teriam surgido há 40.000 anos, na forma de estatuetas de barro utilizadas em rituais. Quase 15.000 anos depois, os japoneses produziram bolas com fibras de bambu. Na China, os brinquedos eram feitos de fios de crina de cavalo. Gregos e romanos utilizavam penas de aves e couro. Hoje as matérias-primas são as madeiras, vidro, metal, plástico e outros materiais modernos, permitindo um número imenso de possibilidades.

O fascínio exercido pelos brinquedos e jogos sobre crianças e adultos se renova a cada dia, não importa a época ou lugar. Como teria dito o filósofo Platão, “brincar é preciso”.

Até a próxima!

1 Comentários:

  • Olá Compadre.
    Manter a criança dentro de nós é uma opção salutar, sem dúvida.
    Abraços,
    Alfredo.
    =========================
    Parabéns, compadre, pelo belo trabalho. Realmente, não podemos e não devemos deixar morrer a criança q existe dentro de nós. Se isso acontece, aí nem pensar... Vem aquele desastre: a hipertrofia dos maus costumes q nos assalta dia a dia e q nos dão tremenda mão-de-obra p/vencer. Um abraço.
    Ubiratan.

    Por Blogger Alfredo Manhães, às 3 de junho de 2009 às 05:28  

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