Dia de Domingo
A banca de jornais é um ponto de encontro para quem busca o prazer na leitura, seja num jornal, livro, revista, ou em palavras cruzadas, figurinhas, etc. Nesse lugar há sempre a possibilidade de se encontrar pessoas, sejam elas amigas ou não, incluindo aqueles chatos que a gente faz questão de nunca encontrar. Ali pode ser o ponto de partida para uma boa conversa, daquelas que só os domingos proporcionam, e que podem durar horas.
Durante a saudável caminhada matinal passo sempre por uma praça. Aliás, parece que domingo é sinônimo de passeio na praça, não é mesmo? Lá sempre vejo as árvores antigas e o lindo coreto, homenageados por uma revoada de pássaros, moradores do local.
As praças atraem vários tipos de pessoas. Há os jogadores de damas, de dominó e de cartas, todos eles freqüentadores assíduos das mesas de jogo, alguns até com direito a torcida organizada. Lá vemos idosos naquele andarzinho vagaroso que o peso da idade traz. E se olharmos nos bancos é provável que haja algum bêbado dormindo coberto de jornal, sabe-se lá o motivo que o levou a ficar daquele jeito. Na praça tem aqueles que vão para conversar sobre futebol e política, onde sempre aparece um fofoqueiro de plantão. Lá tem os vendedores de pipoca, doces, picolés e aquelas bolas coloridas enormes. Tem também aqueles que saíram de sua atividade religiosa dominical e estão ali para prolongar aqueles momentos de encontro com o Alto, antes de irem para casa.
Praças precisam de crianças, bicicletas e brinquedos. Triste é a aquela onde não há a garotada correndo de um lado para outro, atrás dos colegas ou dos pombos, os eternos perseguidos não importa a época. E uma das imagens que mais me impressiona e agrada nesse cenário é a dos pais e seus filhos, passeando ou brincando. Essa visão serve para amenizar a dura realidade dos dias atuais, quando só se fala em violência, corrupção e outras mazelas que estão sempre nas primeiras páginas dos jornais. Infelizmente as noticias que falam de coisas boas saíram de moda na mídia há muito tempo.
Lá é palco de gostosas emoções, e uma das maiores que tive foi nessa praça, quando minha filha aprendeu a andar de bicicleta sem usar aquelas rodinhas de apoio e saiu pedalando sozinha, toda feliz. Nessa hora vibrei muito por ela. Essa deve ter sido a mesma emoção de meu pai quando me viu pedalar sozinho da mesma forma, nesse mesmo lugar.
Manhã de domingo. Duas horas se passaram até retornar para casa. O passeio terminou e minha leitura começou, balsamizada pelas boas vibrações de um passeio na praça. E esse é apenas o começo de mais um lindo dia cheio de vida. Carpe diem!!!
Até a próxima!